quinta-feira, 23 de abril de 2015

Abri meus olhos negros como a noite
E vislumbrei um céu cinzento
Não mais ouvi os pássaros
Mas sim gritos das crianças se atirando no chão
Para se esconder de balas certeiras...
Abri meus olhos negros como a noite
E vislumbrei um rosto negro sofrido
Calejado pelo longo tempo de agressões
Fome....Racismo...Preconceitos...Falta de Educação
Hoje lavei as cortinas...sujas de sangue
De mais uma vítima da Dura Sina
Negro Bom é aquele tombado no chão
Hoje choro por ti...por seus filhos...por meus irmãos negros
Assassinados pelo Sistema Racista
Que sobrevivemos
Abri os olhos negros como o luto
Como o induto
Como a cor da pele que me sacrifica
Negro sou
Negro resisto
Negro insisto
Vamos acabar com isso

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