sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

ROLEZINHOS & JUVENTUDE

Susto de 'rolezinho' acabou, diz 



associação de shoppings



Abrasce minimizou impacto do 'rolezinhos' no faturamento.
Shoppings e jovens estão se reunindo e discutindo soluções, diz entidade.

Darlan AlvarengaDo G1, em São Paulo

O presidente da Abrasce, Luiz Fernando Veiga, nesta quinta-feira (30) (Foto: Darlan Alvarenga/G1)O presidente da Abrasce, Luiz Fernando Veiga,
nesta quinta-feira (30) (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) minimizou nesta quinta-feira (30) o impacto dos "rolezinhos" no faturamento dos centros de compras no país e avaliou que o susto provocado pelo fenômeno acabou.

"Tenho impressão que sim", disse o presidente da Abrasce, Luiz Fernando Veiga, ao ser questionado se o susto e o medo já ficaram para trás. "O susto veio antes do medo", afirmou. Segundo ele, se os rolezinhos continuarem acontecendo, o medo ocorrerá por não se saber no que o fenômeno pode se transformar.
Desde o fim de 2013, jovens têm organizado encontros, por meio das redes sociais, principalmente, em shoppings da capital paulista e da Grande São Paulo. Os eventos ficaram conhecidos como "rolezinhos". Os organizadores definem os encontros como um "grito por lazer" e negam qualquer intenção ilegal. Apesar disso, viraram alvo de investigações policiais (conheça a história dos 'rolezinhos' em São Paulo).

Segundo Veiga, os shoppings e organizadores dos encontros de jovens estão se reunindo e discutindo soluções para a melhor forma e o melhor espaço para permitir que estes eventos possam continuar a ser realizados, mas com a garantia de segurança para todos os clientes.
Impacto no faturamento com os rolezinhos foi mínimo, segundo a Abrasce
"Ao longo de 30 dias que a coisa vem acontecendo, tudo vai se acalmando", avaliou, admitindo, no entanto, que o fenômeno dos 'rolezinhos' pegou os shoppings desprevenidos.

"Esse movimento que é sadio foi mal comunicado, mal interpretado num primeiro momento, porque ninguém estava preparado para essa novidade", disse Veiga.

Impactos no faturamento
Apesar de shoppings terem fechado as suas portas, prejudicando as vendas dos lojistas, a associação disse que o impacto no faturamento do setor foi mínimo, equivalente a um dia de temporal ou de alagamentos.

Segundo a Abrasce, é normal nessas situações os consumidores retornarem nos dias seguintes para realizar a compra planejada. "Seria um desastre se o rolezinho ficasse lá dentro 15 dias", disse.
De acordo com Veiga, os impactos dos rolezinhos não se comparam com o da queda nas vendas após os protestos de junho do ano passado. “O mês de julho foi bastante ruim como consequência dos tumultos da rua. Senão fosse isso certamente o nosso crescimento passaria de 9%”, avaliou. Os shoppings do país encerraram 2013 com alta de 8,6% nas vendas.
A associação prevê que o faturamento de 2014 terá crescimento menor, de 8,3%.
O menor otimismo, segundo o setor, se deve às interrogações sobre o desempenho da economia brasileira. “Estamos sendo conservadores porque, de uma maneira geral, o consumidor está mais pessimista”, disse Veiga.
Entre as dúvidas do setor, está o efeito da Copa do Mundo nas vendas dos shoppings. “Ainda não sabemos dizer se vai ser positivo ou negativo”, afirmou.
A Abrasce informou que as negociações com os organizadores dos rolezinhos serão feitas individualmente com cada shopping, que terá autonomia para definir as condições para permitir ou não a realização desses encontros. A associação defendeu, porém, que só ocorra o fechamento das portas de um shopping na hipótese de tumulto.

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