sábado, 23 de janeiro de 2016

Não queria ficar longe de minha terra...
Não queria ser vendida...usada...prostituída
Não queria dormir em porões imundos
Passar fome...ficar doente...muito menos mostrar-lhe os dentes
Me condenastes a uma sub vida
Me queimaste a carne e marcastes minha alma
Me arrancaste do seio de minha mãe
E me deste o fel como alimento
Hoje ainda carrego na mente o peso...a dor
De não ser considerada gente
Você me olha como olha para um pedaço de carne suculenta
E eu sinto nojo
Nojo de você...nojo de mim mesma
Nojo de um passado que teima em viver comigo
Não me deixa...
Procuro forças para suportar
A herança que deixantes comigo
Que não tem culpa de nada que fizeste
Mas é fruto da dor...
E hoje tento mostrar-lhe o quanto entendo
Sua dor...mas ainda não consegui
Porque passei pra ele... a minha dor
E hoje somos dois ...que sofremos
E tentamos esquecer de ti





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