sábado, 18 de outubro de 2014

Olho em minha volta e não te vejo
Passo por avenidas, vejo os carros, grandes edifícios
em nossa cidade
E não te vejo...procuro aflita
Nos salões de festas, nos palcos, em grande recepções 

Não te vejo...procuro mas não te encontro
Mas antes mesmo de voltar para casa...periferia
Te encontro trabalhando nas cozinhas, lavando roupas, pisos
Te encontrei vendendo balas...subindo em ônibus
Vendendo seus doces...
Arrumando teus trocos
Te encontrei dirigindo enormes carretas..
Te vi correndo, bebendo nas sarjetas
Encontrei o teu reduto.. lá está você
Tentando fugir da vida
Nas esquinas sujas...adormecendo sua dor, nos cachimbos...
Queimando pedras...vivendo de horror
Voltei para casa
Porque sei que é de lá que tu vem
A periferia fede a opressão, injustiça, ingratidão
A periferia te abriga, te cria, te persegue e um dia
Te mata, te livra da correria...e lhe devolve a tua sina
Periferia é onde te colocaram, foi o que te pagaram
Por ser negro 
Conheceste o que é preconceito e desigualdade
Agora podes dormir


VAMOS JUNTOS MUDAR ESTA HISTÓRIA!!!
NÃO ESTE O FUTURO QUE QUEREMOS PARA NOSSOS HERDEIROS!!!



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